segunda-feira, 18 de outubro de 2010

“Temos nos tornado tão direcionados por performance, que dificilmente percebemos como comprometemos o evangelho. Considere um pequeno exemplo. Em muitas de nossas igrejas, as orações nos cultos matinais servem, em grande medida, para mudar o ambiente no santuário. As pessoas da congregação abaixam a cabeça, fecham os olhos e, quando olham alguns minutos depois, vêem os cantores nos seus lugares ou o grupo de teatro pronto para a apresentação. Tudo acontece tão calmamente. Mas também é tão profano. Nominalmente, estamos juntos em oração, dirigindo-nos ao Rei do céu, o soberano Senhor. Na realidade, alguns de nós estamos fazendo isso, enquanto outros estão andando apressadamente na ponta dos dedos ao redor da plataforma; e outros, com seus olhos fechados, estão ocupados se perguntando que novo e agradável cenário os confrontará, quando chegar o momento de uma olhada furtiva. Uma performance agradável se tornou mais importante do que o temor do Senhor? A excelência, um dos equivalentes modernos para a retórica antiga, tomou o lugar do conteúdo? A competência profissional e a exibição primorosa se tornou mais importante do que a consideração sóbria a respeito do que significa focalizar-se no Cristo crucificado?”.

(CARSON, D.A. A cruz e o ministério cristão. SP: Fiel, 2009,p.48)

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