quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

FUNDAMENTALISMO e BATISTAS REGULARES–

10 apontamentos histórico-teológicos.

1) Fundamentalismo é um movimento que objetiva voltar ao que são considerados princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do determinado grupo.

2) Especificamente, refere-se a qualquer grupo dissidente que intencionalmente resista à identificação com o grupo maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao outro grupo maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.

3) O fundamentalismo religioso está presente em todas as religiões (entre os adeptos do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, além de outras), durante todas as épocas da história da humanidade.

4) O Fundamentalismo foi um movimento marcante de reação à entrada do Liberalismo Teológico nos arraiais das igrejas protestantes americanas no início do século XX. O termo “Fundamentalismo” é uma referência direta à obra de doze volumes intitulada The Fundamentals lançada em 1910. Seu conteúdo professou guerra aberta contra o ateísmo, o catolicismo, o socialismo, a filosofia moderna, o mormonismo, o espiritismo e muitos grupos semelhantes, mas principalmente, a Teologia Liberal “que se baseava numa interpretação naturalista das doutrinas da fé, a alta crítica alemã e o darwinismo, que pareciam subverter a autoridade da Bíblia” (MCINTIRE em ELWELL, 1992, v.2, p. 187).

5) Uma redefinição do termo fundamentalista ocorreu de forma popular pela mídia na década de 1980 quando reportagens jornalísticas começaram a descrever o Hezbollah e outras facções islâmicas como fundamentalistas, durante os conflitos do Líbano. A partir daí a conotação negativa ficou prevalecendo.

6) A visão dos que se intitulam herdeiros do Fundamentalismo Cristão, no caso, os Batistas Regulares, assevera que esse movimento surgiu na história em defesa de algumas asserções históricas do cristianismo e da pureza da comportamental da igreja visível. Neste caso, para os Batistas Regulares, o fundamentalismo mostra-se um movimento útil a Deus e à sociedade, posto que defende a pureza da proclamação e prática do plano de Deus para salvação da humanidade.

7) Com esse pano de fundo (reação à entrada do Liberalismo Teológico nos arraiais das igrejas protestantes americanas no início do século XX) geral em mente, podemos entender o nascimento da General Association of Regular Baptist Churches (Associação Geral de Igrejas Batistas Regulares -1932). Organizada com o propósito de conservar os fundamentos doutrinários minados pelo pensamento liberal já mencionado.

8) Segundo John E. Ashbrook, em Axiomas da separação (Editora Batista Regular) o fundamentalismo é a crença militante e a proclamação das doutrinas básicas do cristianismo, que levam à separação bíblica daqueles que as rejeitam. Três chaves para a definição: CRENÇA MILITANTE - as doutrinas básicas são sustentadas com convicção de fé; PROCLAMAÇÃO – não somente crê nestas doutrinas, mas são ensinadas e pregadas aos perdidos e SEPARAÇÃO – Não se pode denominar alguém um fundamentalista até que se pratique a separação onde necessário.

9) O fundamentalismo está identificado com 5 pontos básicos da teologia: a) A pecaminosidade do homem e a incapacidade de salvar-se a si mesmo; b) A divindade de Cristo; c) A salvação pela graça através da fé somente; d) A crucificação e ressurreição de Cristo como base da expiação e regeneração e e) A autoridade das Escrituras.

10) Os movimentos batistas fundamentalistas que existem hoje, quase todos foram criados após a constatação de que a Convenção Batista Americana tinha irremediavelmente apostatado da fé e sucumbido ao liberalismo moral e teológico. A Associação de Batistas Regulares dos EUA se separou definitivamente da convenção batista americana em 1939.

Dados sistematizados pelo Pr.Charles Bronson em 26/01/2011.

BIBLIOGRAFIA:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fundamentalismo

CARNS,Earle E. O cristianismo através dos séculos – uma história da igreja cristã. SP: Vida Nova, 2008, p.504-509.

LAERTON. José. Os novos “mestres” e “doutores”. In: Jornal Fundamentalista, Publicação da União Bíblica Fundamentalista – UBF – Ano V, nº 8, fevereiro de 2002.

MONTEIRO, Rômulo. História e Cristianismo em J.G. Machen. Em http://romulomonteiro.blogspot.com/search/label/Fundamentalismo

SILVA, Francisco Jean Carlos da. Batistas Regulares – uma abordagem histórico-sociológica. Natal: EDUFRN, 2006, p.57.

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